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Atleta catuense fala sobre a experiência de correr a 92ª edição da São Silvestre

Cláudio Menezes que tem levado o nome de Catu para todo o Brasil conta como foi a experiência de participar da tradicional meia maratona São Silvestre e destaca falhas pontuais da organização

Por Donaire Verçosa e João Vitor Araújo





Claudio Menezes é pai de três filhos e é  casado com Aurineia Pereira. Filho de José Antônio e Maria Florência e avô da Ayana Luíza, é um exemplo de garra, autocontrole, disposição e humildade. Morador do condomínio Antônio Carlos Costa, no bairro do Bom viver, Claudio desde 2008 pratica esportes.

Aos 47 anos, mas considerando ter uma saúde de 15, o mecânico  e atleta, é motivo de orgulho para a família e os amigos. Destaca: “já fui daqui do bairro até a cidade de Pojuca a pé, só não consegui voltar (risos). Também fui daqui até Alagoinhas de bicicleta e voltei correndo como se estivesse em uma maratona.”


Passou por muitas adversidades e venceu cada desafio que lhe foi colocado. “Antes de me dedicar a corrida, fui alcóolatra e usuário de drogas, após participar de uma competição em Salvador, na Barra e ganhar. Me dediquei muito mais, e hoje tenho prazer no que faço, minha saúde responde positivamente a essa mudança. ”
  

Cláudio ressalta que já foi para o Rio De Janeiro participar da corrida dos 6KM, da Meia Maratona da Caixa indo do bairro da Barra até Itapuã, em Salvador e competições em dupla na Chapada Diamantina, mas guardava consigo o sonho de correr a São Silvestre, pela tradição do evento e grandiosidade.






“Foi um desafio em tanto, tive que pedir a colaboração de amigos, vizinhos e moradores da cidade para poder comprar a passagem, a alimentação, estadia. Graças a Deus tive grande ajuda, aliás tenho muito a agradecer a todos que colaboraram: Valmir do Monte Sinai, Naaf Madeireira, Constru Silva, Neto da Brasil Gás, Cosntrumir, Madeireira do Japa, Atacadão Vitória, Academia Studio Personal Maurício Galvão, Cabeleileiro Nogueira...E outros mais...  

                                            
A polêmica ficou mesmo por conta da falta de organização do evento. O atleta descreveu falhas como:  na hora da largada, não havia faixas especificando onde os atletas deviam ficar, não teve fiscalização concreta para descrever os locais corretos com relação as cores que ficam no ponto, a divisão por categoria de forma aplicada. A água que não tinha para as pessoas que vinham depois, quando foi ficando mais próximo do fim da competição. São 32.000 pessoas correndo, o evento deveria ser melhor estruturado. ” 

Sobre a experiência o atleta resume:  fiz a prova em 1h:07min, a recompensa é essa. A medalha que representa a minha participação é um sonho realizado, vale por tudo. O Etíope Leul Aleme venceu a competição, mas sou grato pela generosidade de todos que colaboraram.”

O campeão catuense ainda destaca que Catu precisa de investimentos para incentivar a pratica de esportes ao ar livre: “aqui, devia ser melhor condicionado nesse assunto. Tem muitas pessoas que são adeptas das atividades físicas, mas não tem a coragem que tenho de pedir ajuda, de correr atrás. Uma academia ao ar livre facilitaria a vida de muitos e um professor para orientar também. Falo isso, porque sei a dificuldade que é, treino no Centro administrativo, ali seria um local ideal, mas precisa ser revisto a iluminação e o asfaltamento. ”

 Para 2017, o competidor que disputa representando a cidade de Catu, não quer parar nem um minuto: “nesse ano tenho uma meta que é 8KM em menor tempo possível”.


Cláudio adianta que no dia 02 de abril estará no Desafio do Côco, que é feito 21KM a pé, e mais 21 KM de bicicleta  em uma trilha, em Sítio Novo, distrito do município. O Evento é organizado pelo também atleta seu parceiro de competições e principal apoiador Henrique Luciano, conhecido como Show, está com inscrições abertas através do site: http://contimeassessoria.com.br/eficiente/sites/contime/pt-br/home.php .

O corredor hoje já é um exemplo de superação para jovens, crianças e adultos,  é conhecido de todos por correr na maioria das vezes solitário pelas ruas de Catu, mas o que muitos não sabem é que o foco e a determinação, são seus principais aliados para vencer diversos obstáculos, o levando a pisar em pódios de várias competições  do país.




“ Não ganho dinheiro nas competições, faço isso por prazer, me sinto bem. Nunca tive patrocínio, sempre contei com a solidariedade e o bom coração das pessoas. ”



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