Cláudio
Menezes que tem levado o nome de Catu para todo o Brasil conta como foi a
experiência de participar da tradicional meia maratona São Silvestre e destaca
falhas pontuais da organização
Por Donaire
Verçosa e João Vitor Araújo
Claudio Menezes é pai de três
filhos e é casado com Aurineia Pereira.
Filho de José Antônio e Maria Florência e avô da Ayana Luíza, é um exemplo de
garra, autocontrole, disposição e humildade. Morador do condomínio Antônio
Carlos Costa, no bairro do Bom viver, Claudio desde 2008 pratica esportes.
Aos 47 anos, mas considerando
ter uma saúde de 15, o mecânico e
atleta, é motivo de orgulho para a família e os amigos. Destaca: “já
fui daqui do bairro até a cidade de Pojuca a pé, só não consegui voltar (risos).
Também fui daqui até Alagoinhas de bicicleta e voltei correndo como se
estivesse em uma maratona.”
Passou por muitas adversidades e venceu cada desafio que lhe
foi colocado. “Antes de me dedicar a corrida, fui alcóolatra e usuário de drogas, após
participar de uma competição em Salvador, na Barra e ganhar. Me dediquei muito
mais, e hoje tenho prazer no que faço, minha saúde responde positivamente a
essa mudança. ”
Cláudio ressalta que já foi para o Rio De Janeiro
participar da corrida dos 6KM, da Meia Maratona da Caixa indo do bairro da
Barra até Itapuã, em Salvador e competições em dupla na Chapada Diamantina, mas
guardava consigo o sonho de correr a São Silvestre, pela tradição do evento e
grandiosidade.
“Foi
um desafio em tanto, tive que pedir a colaboração de amigos, vizinhos e
moradores da cidade para poder comprar a passagem, a alimentação, estadia.
Graças a Deus tive grande ajuda, aliás tenho muito a agradecer a todos que
colaboraram: Valmir do Monte Sinai, Naaf Madeireira, Constru Silva, Neto da
Brasil Gás, Cosntrumir, Madeireira do Japa, Atacadão Vitória, Academia Studio Personal
Maurício Galvão, Cabeleileiro Nogueira...E outros mais...
A polêmica ficou mesmo por conta da falta de organização do evento. O atleta descreveu falhas como: na hora da largada, não havia faixas especificando onde os atletas deviam ficar, não teve fiscalização concreta para descrever os locais corretos com relação as cores que ficam no ponto, a divisão por categoria de forma aplicada. A água que não tinha para as pessoas que vinham depois, quando foi ficando mais próximo do fim da competição. São 32.000 pessoas correndo, o evento deveria ser melhor estruturado. ”
Sobre a experiência o atleta resume: “fiz a prova em 1h:07min, a recompensa é
essa. A medalha que representa a minha participação é um sonho realizado, vale
por tudo. O Etíope Leul Aleme venceu a competição, mas sou grato pela
generosidade de todos que colaboraram.”
Para 2017, o competidor que disputa representando a cidade de Catu, não quer parar nem um minuto: “nesse ano tenho uma meta que é 8KM em menor tempo possível”.
Cláudio adianta que no dia 02 de abril estará no Desafio do Côco, que é feito 21KM a pé, e mais 21 KM de bicicleta em uma trilha, em Sítio Novo, distrito do município. O Evento é organizado pelo também atleta seu parceiro de competições e principal apoiador Henrique Luciano, conhecido como Show, está com inscrições abertas através do site: http://contimeassessoria.com.br/eficiente/sites/contime/pt-br/home.php .
O corredor hoje já é um exemplo de superação para jovens, crianças e adultos, é conhecido de todos por correr na maioria das vezes solitário pelas ruas de Catu, mas o que muitos não sabem é que o foco e a determinação, são seus principais aliados para vencer diversos obstáculos, o levando a pisar em pódios de várias competições do país.
“
Não ganho dinheiro nas competições, faço isso por prazer, me sinto bem. Nunca
tive patrocínio, sempre contei com a solidariedade e o bom coração das pessoas.
”
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