Os
catuenses buscam driblar a crise consertando produtos em vez de adquirir um
novo, o que acaba sendo bom negócio para comerciantes e consumidores
Por Donaire Verçosa
O comércio da cidade de Catu
assim como em todo país vem sofrendo os efeitos da crise econômica e, para
driblar os efeitos avassaladores que vem diminuindo cada vez mais o capital em
circulação, a oferta de serviços tem crescido como alternativa para
comerciantes e consumidores.
Segundo o Serviço Brasileiro
de Apoio a Micro e Pequenas Empresas, o SEBRAE, a expectativa de crescimento
será maior ainda para os setores de vestuário, alimentação, consertos e
serviços de saúde. E é justamente os serviços de consertos que tem imperado no
centro comercial de Catu.
Rogério Cícero e sua esposa
Janaína Soares do “Hospital do Sapato”, que fica localizado no antigo mercado de
farinha, no centro da cidade, destacam que desde o agravamento da crise
econômica os serviços oferecidos já cresceram cerca de 30%. O estabelecimento
oferece serviços de qualidade de restauração de mala, bolsas, sapatos e sacolas
de viagem, e alegam que: “ dificilmente uma peça tem jeito, eu costumo restaurar a maioria das
peças que são colocadas no conserto” destaca Cícero.
“Normalmente os nossos clientes
ficam satisfeitos, um sapato novo,sacola ou bolsa nova sempre é muito mais caro
que o conserto que fazemos.”
Também é o caso de “Leo
Celulares” que fica situado na rua Dois de Julho, em frente a Galeria Etiqueta,
próximo da loja Sansil. Há oito anos no ramo, diz que a cerca de seis meses o
movimento aumentou em torno de 15% destaca que os problemas mais comuns no são
nos aparelhos celulares é troca de tela
e conector de carregador.
“Um nova tela fica no valor
de 40,00 à 70,00 reais para celular e de 80, 120 até 700 reais.”
O que segundo Lioseia
Lenídio dos Santos, conhecido como “Léo”, a depender do custo do aparelho
exemplo: um celular no valor de 600,00 reais e o conserto no valor de R$ 200,00,
vale mais à pena consertar que comprar um novo, e eu ainda divido em 3X no
cartão de crédito, quando for acima de 90 reais.
No caso do Bazar Celestino, que fica depois da linha do trem, bem no centro de Catu. Lá conserta-se aparelhos liquidificador e panelas a proposta do seu José Celestino de Jesus(72) anos, a intenção desde que se
aposentou em 1992 , sempre foi de
oferecer um pouco de tudo no seu estabelecimento: “ me lembro que tomei dinheiro
emprestado para abrir o negócio. Pois era muito boêmio, gastava tudo que
recebia. Comecei a vender em uma lona na rua, mas em 1998 o negócio virou loja e cresceu.”
Minha esposa Osmarina Araújo
de Jesus decidiu se candidatar para vereadora e na disputa eleitoral, gastei tudo
que tinha e voltei a vender na lona,no passeio. Acabei com a loja mas nunca esmoreci,
corri atrás e me reergui.”
Assim como eu fiz, acredito
que todos devem fazer, perseverar. E para crescer no comércio, precisa ter é
inteligência, confiança e uma equipe dedicada e responsável.
Seu Celestino também pontua
que o SEBRAE é uma boa opção para quem quer se capacitar de forma breve e mais “
decidi vender de tudo além de serviços de conserto, porque variedade de artigos
atrai clientes. Não é à toa que os shoppings cada vez mais investem em
diversidade de lojas e serviços.”
“Hoje eu me considero um
homem realizado pai de dois filhos bem empregados e avô de dois netos, o que quero
dizer para essa garotada que está iniciando na área do empreendedorismo ou para
quem perdeu um bom emprego que teve durante um bom tempo e tá recomeçando é
importante perder a vergonha e o medo. Se não puder começar com uma grande negócio, comece com pequeno.”
Com cerca de quase 30 anos
negociando, destaca que andar correto com os fornecedores, honrando os compromissos
e investir sempre em propaganda, é a alma de um negócio bem sucedido. E frisa: “ diante da crise o importante é não se
atemorizar, pois nunca é tarde para um recomeço”, diz o senhor José Celestino com seus
72 anos de idade e vasta experiência de vida.”
Fotos: Antônio Vitor e Donaire Verçosa
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