A
trajetória do médico que dedicou sua vida a profissão, mas destaca que sua paixão
por pessoas sempre o impulsionou a fazer além do que o ofício lhe exige
Por Donaire Verçosa
José Nardson Borges Sales,
nasceu em 5 de dezembro de 1959, no centro de Catu, na Avenida Padre
Cupertino. Filho de Wilson Afonso de
Sales e Aidil dos Reis Borges de Sales, tornou-se
médico por opção e vocação.
Mesmo tendo passado no
vestibular da Universidade Federal Da Bahia (UFBA) em engenharia civil, decidiu
pela área de saúde e cursou medicina na Escola
de Medicina Baiana e Saúde Pública, graças a um empurrão do pai, que se propôs
a pagar todo seu curso, fez residência em cirurgia geral.
Dentro do currículo vasto do
médico está sua atuação pelo no estado em ginecologia e obstetrícia, no
Hospital Roberto Santos e clinica médica no Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social, o INAMPS, onde chegou a ser diretor do órgão em Alagoinhas, além de secretário de saúde em Catu,
na época que Orlando Dantas(In memorian) foi prefeito, durante a década de 80.
Aos 23 anos foi casado por
cerca de mais de 20 anos com Maria Iracema Santos, com quem teve dois filhos:
Lívia Santos Sales(35) e Lucas Santos Sales(31). Atualmente é casado com
Hildete Dantas Fonseca, também da área de saúde, com quem teve o terceiro
filho, Igor Fonseca Sales(13).
De família catuense, estudou
toda a infância no colégio Nuclear Ana Bitencourtt , que é no Pedro Ribeiro Pessoa atualmente e
depois o ginásio no Colégio Fleming. Posteriormente completou o segundo grau no
Colégio Central da Bahia, situado até hoje em no Bairro de Nazaré, em Salvador.
O catuense descreve as
amizades sadias que acredita que jamais teria se fosse em uma capital. Ressalta
as brincadeiras de bola, os passeios pelas cidade aprontando com a garotada
como uma lembrança forte na sua memória na cidade de Catu, amigos que tem até
hoje, mas que não tiveram a oportunidade de
estudar “ eles inclusive foram inspiradores para um projeto do cursinho
pré-vestibular que trouxe para Catu quando fui eleito Prefeito em 1997, para
incentivar a nova safra de jovens a estudarem e terem oportunidades que meus
amigos não puderam ter.”
O desejo pela medicina
Doutor Nardson acredita ter explicação na infância: “ minha mãe tinha algum problema dizia de forma aumentada que
ia morrer como força de expressão, eu preocupado, por não entender, coloquei na
minha cabeça que ia ser médico para poder ajudar não só a ela, como também a
qualquer pessoa que ficasse doente e precisasse de um médico.Mas minha mãe que
tá viva até hoje e com 80 anos, graças a Deus. Era só nervoso mesmo, isso já
tem 50 anos (risos).”
Sobre a questão
mercadológica da profissão, o médico ressalta: “ para mim é uma surpresa o fato
do crescimento da profissão ter prostituído, pois na época que formei, a
medicina era e para mim ainda é um serviço prestado a sociedade. Eu
particularmente pensei no ofício como uma forma de retribuir a população
catuense por meu pai ser um comerciante bem sucedido, com o armazém que tinha
aqui no centro.”
Com 33 anos de formado o
médico fala da que hoje clinica cerca de oitenta por cento do seu tempo em
Catu no Hospital onde também é um dos donos Agnus Dei: “ eu preferir atuar de forma mais efetiva na minha cidade por amor a ela.
E a medicina fortaleceu esse vínculo que tem haver com o bem – estar, saúde
física e mental.”
Só atuei fora de Catu quando
fiz residência, e também morei cerca de dois anos em Tobias Barreto, foi
horrível ficar longe da cidade natal."
“Eu compreendo que o governo,
em específico o petista, fez universidade a torto e a direita, dando um tom
mercantilista que essa profissão não pode ter. A medicina é diferente das
outras carreiras. Para ela ser segura, o profissional precisa atuar em um
hospital, ter contato direto com o paciente no dia à dia, a gente quase que mora
dentro de um, principalmente no inicio da em que é preciso estar próximo do
paciente de forma ainda mais constante.”
“Acredito que construir
faculdades por aí, sem se preocupar em estruturar as que já existem, traz a
existência de profissionais não capacitados para atuar diretamente com a vida
das pessoas.”
“Essa profissão estabelece
um elo muito grande com as pessoas, de amor, carinho e respeito, que precisa
ser mantido e respeitado de forma até religiosa, pois é como se fosse um
chamado sacerdotal, no meu ponto de vista.”
“A gente fica muito
preocupado com a medicina do futuro, formando muita gente sem a devida
capacidade. Um exemplo disso é Alagoinhas que hoje não tem estágio para um
enfermeiro, quanto mais para um médico.”
O catuense que ama a
medicina ou o político natural de Catu que destaca-se como médico de renome na
localidade, em entrevista discorreu casos que misturam a sua trajetória
política com sua atuação como médico, fez analogias linkando com essas experiências
ou casos, em assim dizer por fim
ressaltou:
“Penso que a medicina precisa ter paixão,
vocação, prática, mas principalmente capacitação para ter responsabilidade com
as vidas. Um requisito primordial nesse ofício é preciso gostar de gente.”
Fotos: Magno Vinícius
Ótimo 😘
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